Em acordo de delação premiada, Palocci diz que que entregou pacotes de dinheiro vivo para Lula

Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, em acorde de delação admitiu ter entregue dinheiro vivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acordo de Delação premiada de Palocci

De acordo com informações do Revista Veja, Palocci está negociando com procuradores da Lava Jato. O ex-ministro era pessoalmente encarregado de fazer pequenas entregas de dinheiro para Lula.

O valor das entregas eram de pacotes de 30 mil a 50 mil reais e foram feitas pelo menos cinco entregas de propina, de acordo com a revista.

De acordo com Palocci, quando os valores eram mais altos, a pessoa que entregava os pacotes era o sociólogo Branislav Kontic,e então o dinheiro era entregue, no Instituto Lula.

Sobre o ex-presidente, o ex-ministro também teria afirmado, em seu acordo de delação, que ele foi nomeado por Dilma Rousseff para chefiar a Casa Civil como forma de protegê-lo contra uma eventual prisão na Lava Jato.

Ainda de acordo com informações da Veja, Palocci teria revelado uma reunião sigilosa com Lula, na qual o petista teria confessado estar com medo de ser preso e pensou aceitar a nomeação no governo Dilma.

Palocci também afirmou ter participado de uma reunião em 2010, com Lula e Dilma Rousseff, para tratar do petrolão.

Nessa conversa, foram negociados planos para usar as engrenagens do petrolão para financiar a campanha eleitoral de Dilma, segundo a revista.

Instituto Lula

O ex-ministro disse também, que Lula usava dinheiro que era doado ao Instituto Lula para bancar despesas pessoais.

Palocci, alega que o instituto mantinha uma contabilidade paralela para esconder as transações.

Outra revelação prometida, segundo a VEJA, é a vantagem que o PT recebeu na dissolução da operação Castelo de Areia, de 2009, que também revelava esquemas de corrupção entre políticos e empresários, mas foi arquivada.

De acordo com Palocci, Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, recebeu doações da Camargo Corrêa como parte do acerto envolvendo a operação no STJ.

Na época, o presidente do STJ era Cesar Asfor Rocha, que também teria recebido cerca de mais de 5 milhões de reais.

Fonte VEJA