Em depoimento para Sergio Moro delator afirma compra do Instituto Lula

Hilberto Mascarenhas, diretor do setor responsável pela distribuição de propinas da Odebrecht, confirmou no depoimento ao juiz Sergio Moro, que a empresa foi quem pagou a compra do terreno do Instituto Lula. O delator deu seu depoimento na tarde dessa última quarta-feira (7).

De acordo com o site da Veja, Antônio Palocci (Italiano), Guido Mantega (Pós-Itália) e Lula com o apelido de “Amigo” faziam parte da planilha de pagamentos da empreiteira como relatou o delator.

Segundo, o diretor Hilberto Mascarenhas, dos R$ 200 milhões disponíveis, foram gastos R$ 121 milhões.

 

“Os recursos para a compra do terreno não saíram do caixa 2. Eles saíram do caixa 1 da empresa”, explica. Segundo Mascarenhas, como o gasto não poderia ser justificado ele foi foi debitado na quota que Lula, Mantega e Palocci tinham na empresa. Esses valores eram usados em diversas formas, não nos incomodávamos onde”, explicou o delator.

O delator Hilberto Mascarenhas

Ele trabalhou na Odebrecht por 40 anos predominantemente na área financeira. Em 2006, relatou, que estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi intimado por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele.

O delator no começo relutou a aceitar o cargo tendo em vista a grande exposição e risco que o trabalho traria, mas depois de alguma insistência, resolveu aceitar a proposta.

Hilberto afirmou que haveria remuneração e pelos benefícios que passaria a ter, tais como carro com motorista, apartamento em São Paulo para trabalho e passagem de volta a Salvador nos finais de semana, que era onde morava a sua família.

Segundo Hilberto, existia duas formas de pagamentos: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior. Os repasses no País eram entregues em pacotes/mala de dinheiro em locais predeterminados. As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores  não declaradas.

 

Fonte VEJA