Mãe asfixia e esquarteja filho prematuro

Maurília de Carvalho de Sousa, de 41 anos, mãe de uma criança prematura que nasceu com menos de seis meses, foi presa por homicídio qualificado e vilipêndio a cadáver do próprio filho. O crime ocorreu em Itaboraí (RJ).

LEIA TAMBÉM Tarcísio Meira morre aos 85 anos, vítima da Covid-19

Segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, a mãe da criança tentou apagar os vestígios do crime, mas foi encontrada por policiais quando ainda estava lavando a área externa da casa.

Inicialmente, havia a suspeita de que o bebê, por ser prematuro, tivesse morrido no parto e atacado por algum animal por omissão da mãe. A necropsia, no entanto, indicou que ele nasceu com vida e foi estrangulado.

A placenta e o cordão umbilical estavam na residência de Maurília e, pelas manchas de sangue, o corpo do bebê já desmembrado foi encontrado.

Para os investigadores, após matá-lo, Maurilia teria decidido esquartejar o filho prematuro para dificultar que o corpo fosse encontrado. Ao ser presa, ela chegou, em um primeiro momento, a ser levada a uma maternidade para receber os cuidados médicos pertinentes ao pós-parto.

Violência contra crianças

Meninos e meninas são expostas a inúmero tipos de violência infantil no mundo todo. As violências e os acidentes são as maiores causas das mortes de crianças, adolescentes e jovens de 1 a 19 anos, no Brasil.

O país é líder no ranking de violência infantil da América Latina. No recorte nacional, três em cada dez pessoas conhecem pessoalmente uma criança que já sofreu violência.

Quando pensamos em violência doméstica, logo imaginamos pais batendo nos filhos. Mas esse tipo de violência infantil pode ser física, psicológica, sexual e manifestar-se por negligência, como: deixar a criança em casa sem vigilância, negligenciar cuidados médicos e alimentação adequada, exposição do menor a situações que gerem perigo à vida ou à saúde, utilização da criança para realização de trabalho.

Há um universo inteiro de formas como a violência pode se dar, como a síndrome de Munchausen por procuração (quando um dos pais simula sintomas de doenças inexistentes no filho), intoxicações, envenenamentos, violência virtua e até o extremo filicídio (quando a criança é morta por um dos pais).