[Vídeo] Agentes penitenciários invadem a Comissão da Previdência

Na noite de ontem, quarta-feira (3), houve uma invasão no plenário. Agentes penitenciários entraram no local onde estavam os deputados da comissão especial para votar nas propostas de alteração da reforma da Previdência.

Logo no início da invasão instalou-se um tumulto no plenário da comissão. Os manifestantes estavam aos gritos e os deputados diziam palavras de ordem contra eles para tentar acalmá-los.

A confusão durou cerca de 30 minutos e acabou suspendendo a sessão. Os deputados já tinha aprovado o texto-base do projeto, os parlamentares deixaram a comissão logo após a saída de todos os manifestantes. Até o momento, não tem previsão de quando a votação será retomada.

A Polícia Legislativa usou spray de pimenta para conter os manifestantes, que reivindicavam a inclusão dos agentes penitenciários numa categoria de aposentadoria especial. Devido ao gás de pimenta, vários deputados, assessores e jornalistas, com dificuldades para respirar, tossiam e levaram lenços ao nariz.

Logo após a invasão, ouviu-se um estrondo semelhante ao da explosão de uma bomba. Segundo informou um policial legislativo, tratava-se de uma bomba de efeito moral com o objetivo de dispersar os manifestantes.

https://youtu.be/2-9iyL1TEAo

Motivo da invasão

Mais cedo, o relator da reforma da Previdência na Câmara, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), recuou e desistiu contemplar em seu parecer os agentes penitenciários entre os beneficiários de aposentadoria especial.

A mudança havia sido incluída no texto, diante da pressão de representantes da categoria e de parte dos deputados, mas foi retirada.

A invasão se deu logo depois que os deputados da comissão decidiram não votar uma emenda que reintroduzia os agentes penitenciários na categoria de aposentadoria especial (55 anos, em vez de 65, como os demais trabalhadores).

Inicialmente, o PSDB, partido que integra a base do governo, havia orientado os deputados da bancada a votar a favor da emenda, o que desagradaria o Palácio do Planalto.

Fonte G1