Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morre aos 41 anos

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP), morreu hoje (16), aos 41 anos. Ele estava em tratamento contra um câncer que surgiu entre o esôfago e o estômago e se espalhou por outras partes do corpo.

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O falecimento ocorreu às 8h20 e foi confirmado em nota pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Covas estava internado.

De acordo com o comunicado, Bruno Covas morreu “em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento.”

O corpo de Bruno Covas será velado no Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, às 13h. Somente familiares e amigos próximos devem participar de uma cerimônia restrita, para evitar aglomerações na pandemia.

Após a cerimônia, um cortejo em carro aberto vai percorrer a região central da cidade, em trechos como o Viaduto do Chá e Rua da Consolação, até chegar na região da Avenida Paulista.

O prefeito vai ser sepultado em sua cidade natal, Santos, no litoral paulista. A cerimônia será restrita aos familiares.

O tratamento contra o câncer

Covas foi internado pela primeira vez no Hospital Sírio-Libanês, região central da capital paulista, em 23 de outubro de 2019 para tratar de uma infecção de pele. Ele foi diagnosticado com erisipela, uma inflamação causada por bactérias que infectam ferimentos como picadas de insetos e micoses.

Exames logo revelaram um quadro de trombose venosa das veias fibulares e, dois dias depois, foi encontrado um tumor maligno no quadro digestivo, entre o esôfago e o estômago, com uma metástase única no fígado.

O prefeito passou a fazer quimioterapia, em um total de oito sessões, no fim de outubro e, segundo os boletins médicos, reagia bem ao tratamento. Em dezembro de 2019, no entanto, ele teve uma hemorragia interna no fígado e foi encaminhado a UTI do Sírio-Libanês.

Com a quimio, o tumor chegou a diminuir. Em novembro do ano passado, pouco antes de sua reeleição como prefeito, Covas comentou que já havia realizado oito sessões de quimioterapia que fizeram “sumir” dois dos seus três tumores, e passou para a imunoterapia (tratamento para fortalecer o sistema imune).

Em fevereiro deste ano, exames de rotina indicaram o surgimento de novos tumores em outro ponto do fígado, que se alastraram também para os ossos em um exame identificado em abril. Com isso, a imunoterapia também foi adicionada ao tratamento.

Neste ano, Covas chegou a ficar internado nos períodos de quimio e despachava do hospital. Mas em 2 de maio, o quadro voltou a piorar, ele foi internado no Sírio-Libanês e decidiu tirar licença de 30 dias, seguindo orientação médica. No dia seguinte, foi intubado e levado à UTI após apresentar um sangramento no estômago.

FONTE UOL