Janaina Paschoal revela que sofre perseguição na USP e pede anulação de concurso

A advogada Janaina Paschoal foi reprovada no concurso para professores titulares da Universidade de São Paulo (USP), ela recorreu da decisão e revela ser perseguida pela banca examinadora.

Ela leciona na Faculdade de Direito desde 2003 e concorreu com três colegas a duas vagas de titularidade, último degrau da carreira acadêmica, e ficou em quarto lugar.

Janaina Paschoal revela perseguição no twitter

Em sua conta no Twitter, ela afirmou que a perseguição decorre do fato de ela ter sido uma das autoras do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef.

Além disso, apresentou os motivos que a fez questionar a originalidade do trabalho do primeiro colocado do concurso, Alamiro Velludo.

Que é dos requisitos impostos pelo regimento interno da USP para a obtenção da titularidade.

Janaina Paschoal citou, o professor titular Sérgio Salomão Shecaira, chefe do departamento onde trabalha, como um dos apoiadores da decisão de reprová-la.

Ele subscreveu um manifesto de juristas a favor de Dilma, à época do processo. A professora acredita que a perseguição de que sofre é porque é contra a legalização das drogas, do aborto, da liberação de traficantes e da abertura das prisões e porque trata de temas que não agradam aos docentes.

“Não tenho como negar a perseguição, não é só política. É maior do que isso, é de valores mesmo. Eu já sabia que não teria a menor chance de ganhar pelas questões políticas, eu já esperava ser reprovada. Eles me veem como uma conservadora” revelou Janaina Paschoal.

A direção da faculdade, no entanto, negou quaisquer irregularidades no concurso, segundo informações do Estadão.