Lava Jato: Sergio Moro aceita denúncia contra Lula sobre o caso do sítio em Atibaia

O juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 12 pessoas pelo caso do sítio em Atibaia, no âmbito da Operação Lava Jato, agora, todos são réus no processo. Lula já é réu em outras ações e tem uma condenação, segundo informações do G1.

Veja quem virou réu

  • Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht: corrupção ativa
  • José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • José Carlos Bumlai, pecuarista: lavagem de dinheiro
  • Agenor Franklin Medeiros, ex-executivo da OAS: corrupção ativa
  • Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor especial da Presidência: lavagem de dinheiro
  • Emílio Odebrecht, dono da construtora Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Alexandrino de Alencar, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Emyr Diniz Costa Junior, engenheiro da Odebrecht: lavagem do dinheiro
  • Roberto Teixeira, advogado de Lula: lavagem de dinheiro
  • Fernando Bittar, empresário, sócio de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: lavagem de dinheiro
  • Paulo Gordilho, engenheiro da OAS, lavagem de dinheiro

Denúncia contra Lula

De acordo com o  MPF, Lula recebeu propina proveniente de seis contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht e a OAS. Os valores foram repassados ao ex-presidente em reformas realizadas no sítio, dizem os procuradores. As melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão, segundo a denúncia. 

Apesar do imóvel estar em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que são os sócios de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, os investigadores da força-tarefa encontraram uma série de elementos que, de acordo com a denúncia, comprovariam que o sítio pertence, na verdade, ao ex-presidente.

Entre eles, estão bens pessoais, roupas e indícios de visitas frequentes ao imóvel. A denúncia afirma que entre 2011 e 2016, Lula esteve no local cerca de 270 vezes.

Para Moro, as provas apresentadas conseguem sustentar minimamente que Lula era de fato dono do sítio: “Os elementos probatórios juntados pelo MPF e também colecionados pela Polícia Federal permitem, em cognição sumária, conclusão de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comportava-se como proprietário do Sítio de Atibaia e que pessoas e empresas envolvidas em acertos de corrupção em contratos da Petrobrás, como José Carlos Cosa Marques Bumlai, o Grupo Odebrecht e o Grupo OAS, custearam reformas na referida propriedade, tendo por propósito beneficiar o ex-Presidente”.

 

Fonte G1