Sacrifício de Abraão: Casal de pastores estupravam fiéis dizendo que era para quebrar maldições

Um casal de pastores, foi indiciado pela Polícia Civil, por estupro de fiéis, denominando como Sacrifício de Abraão, em Edeia, na região sul de Goiás.

Segundo a investigação, eles diziam às vítimas que elas deveriam ter relações sexuais com o homem para quebrar maldições, segundo informações do G1.

O delegado  responsável pelo caso, Quéops Barreto, revelou informações ao G1:

“Com as maiores de idade, Antônio falava que tinha uma maldição para quebrar e dava duas opções, uma opção era ter relação sexual com o cunhado ou o sogro e a outra, com ele. Se não fizesse, dizia que a vítima ou parentes iam morrer, ameaçava. Nas menores ele não dava a opção esdrúxula, dizia que tinha de quebrar a maldição com ele”.

Ainda segundo o delegado, a mulher do pastor, deve responder apenas pelos abusos cometidos contra as duas adolescentes.

“Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer o sacrifício”.

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Sacrifício de Abraão

Nesse ano, a mãe de uma vítima, de 16 anos, estranhou o comportamento da filha relacionado à questão de virgindade no namoro. Ao questioná-la, a filha contou o que aconteceu.

“O pastor disse que ela deveria fazer o  porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, revelou a polícia.

A adolescente foi vítima dos abusos dos 13 aos 15 anos e o pastor abusou dela em quase 20 ocasiões. A menina ia para a igreja e ele a levava para a casa dele, que fica nas proximidades.

Para a TV Anhanguera, a adolescente contou que sentia pavor: “[Pastor] Ele falou que Deus estava pedindo um sacrifício da minha parte e que era para quebrar uma maldição hereditária de prostituição na minha família. Ele disse com todas as palavras que o sacrifício seria a minha virgindade. Que eu teria que me deitar com ele. Eu sentia pavor”.

O delegado acredita que o pastor cometeu os crimes desde que chegou à cidade, em 2010. Por isso, a polícia crê que possa haver mais vitimas.