Documento sigiloso do Exército faz revelações sobre Bolsonaro da época militar

Mais uma polêmica sobre Bolsonaro. Agora é da época em que estava no Exército.

Segundo conta em um documento sigiloso produzido pelo Exército na década de 90, o atual deputado federal, quando era militar foi avaliado como um pessoa com excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente.

A avaliação teria sido feita por oficiais superiores da época.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, no ano de 1987, no gabinete do então ministro do Exército, Leonidas Pires Gonçalves, a avaliação foi protocolada sob sigilo durante um processo que Jair Bolsonaro foi submetido no Conselho de Justificação.

Na época, Bolsonaro tinha 28 anos e era tenente e a ficha de informações que reportagem teve acesso foi realizada em 1983 pela Diretoria de Cadastro e Avaliação do ministério.

No texto conta que militar deu mostrou não ter maturidade quando foi atraído por empreendimento no garimpo de ouro.

“Necessita ser colocado em funções que exijam esforço e dedicação, a fim de reorientar sua carreira. Deu demonstrações de excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente”, segundo o documento.

 

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Exército

No interrogatório Jair Bolsonaro, que na época era tenente, admitiu ter feito garimpo na cidade de Saúde, próximo de Jacobina na Bahia, durante as férias, na companhia de três tenentes e dois sargentos paraquedistas, dois dos quais estavam sob seu comando. Bolsonaro disse que a atividade não gerou lucro e a classificou como hobby ou higiene mental.

Carlos Alfredo Pellegrino era coronel, superior de Bolsonaro . Ele disse que tentou convencer o deputado a desistir da ideia do garimpo, mas que nele viu pela primeira vez sua grande vontade de desfrutar das comodidades que uma fortuna pudesse lhe dar.

“A imaturidade é de um profissional que deveria estar dedicado ao seu aprimoramento militar, através do adestramento, leitura e estudos, e não aventurar-se em conseguir riquezas “, essa foi a confirmação do Conselho de Justificação na avaliação da ficha de informações.

O coronel Pellegrino avaliou ainda que Bolsonaro “tinha permanentemente a intenção de liderar os oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos”.

 

 

Fonte Folha de São Paulo