Lava jato: Ex-­pre­sidente da Odebrecht confirma que Aécio Neves recebeu propina

A casa caiu para Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-presidente da Odebrecht, Benedicto Junior, que é mais conhecido como BJ, em sua delação premiada confirmou para a justiça que a empreiteira pagou propina ao senador através de uma conta em Nova York, que é administrada pela sua irmã Andrea Neves.

Andrea Neves, que é jornalista, faz assessoria da imagem do irmão, é uma das principais conselheiras dele desde os anos 1980, quanto teve suas primeiras participações no meio político e também cuida da área de comunicação do Governo de Minas Gerais.

DELAÇÃO

De acordo com a VEJA, que teve acesso ao conteúdo do depoimento do ex-presidente da Odebrecht, BJ relatou que os valores foram depositados para atender os interesses da construtora em empreendimentos como a obra da Cidade Administrativa do governo mineiro, realizada entre 2007 e 2010, e a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de Rondônia, de cujo consórcio participa a Cemig, a estatal mineira de energia elétrica.

Se as acusações forem confirmadas, o senador Aécio Neves terá a sua situação mais agravada. Ele já é um dos políticos mais citados na Odebrecht. Seis inquéritos de 83 inquéritos, abertos pela Procuradoria-Geral da República com base nas delações da empreiteira se referem a Aécio. Além disso, ele é o político que recebeu um dos valores mais altos pela construtora, que foi de 70 milhões de reais, esse valor são de pagamentos feitos desde 2003 até agora.

Desse valor de 70 milhões, 50 milhões foi para o senador depois que a Odebrecht ganhou o leilão para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio, em dezembro de 2007. Marcelo Odebrecht declarou na sua delação, que foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo no mês passado e confirmada pela VEJA, ele disse que quis repassar os 50 milhões para o senador para ter uma relação melhor com as duas sócias da usina, que Aécio tinha influência, a Cemig, estatal mineira que na época era administrada por ele e Furnas.

FONTE: VEJA