Pai pretendia abrir casa de prostituição com doações para tratamento de doença do filho

Mateus Henrique Leroy Alves, de 37 anos, é o principal suspeito pelo desvio de parte do dinheiro arrecadado em uma campanha de doações para o tratamento de doença rara que o próprio filho, o garoto João Miguel, enfrenta.

Por conta das denúncias, o homem está preso desde a semana passada.

De acordo com informações apuradas pelo Fantástico, da Rede Globo, o homem que fugiu com cerca de R$ 600 mil tinha a intenção de usar o valor para dar entrada em um empreendimento não muito convencional: uma casa de prostituição.

O programa teve acesso há alguns telefonemas obtidos pela Polícia Civil do estado de Minas Gerais durante as investigações.

Nas gravações, Mateus Henrique Leroy Alves surge negociando com um provável sócio e uma mulher, sobre a maneira com que seriam administradas as garotas que fariam os programas.

Além disso, em outro trecho das conversas ele afirma que iria para a capital mineira, Belo Horizonte, para buscar outras três ou quatro garotas, que já teriam trabalhado para ele, para levá-las até Salvador, capital da Bahia, onde o novo empreendimento seria inaugurado.

Tratamento de doença do filho

João Miguel sofre com uma doença rara chamada atrofia muscular espinhal, conhecida pela sigla AME.

A família se mobilizou para arrecadar fundos para o tratamento, que inclui remédios cujas doses chegam a custar R$ 365 mil.

Karine Rodrigues, casada há 21 anos com Mateus Henrique, afirma que se sentiu profundamente traída pelo companheiro com a situação.

Em entrevista, questionada se perdoaria o marido, ela afirmou que deixará para que a Justiça cuide do suspeito de estelionato.