Segundo estudo, escalada pode ajudar no tratamento da depressão

A atividade da escalada é reconhecida por trabalhar a musculatura de várias partes do corpo, esse esporte melhora a flexibilidade e contribui para uma maior consciência corporal.

Além desses benefícios,  a escalada pode ajudar quem tem problemas de depressão, de acordo com um novo estudo conduzido por pesquisadores das universidades do Arizona, nos Estados Unidos e de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha.

De acordo com o site Boa Forma Abril, a pesquisa será apresentada na próxima edição da convenção anual da Associação para a Ciência Psicológica, que vai acontecer de 1 a 4 de junho, nos Estados Unidos. O estudo teve a participação de mais de 100 pessoas que fazendo tratamento contra a depressão.

Divididos aleatoriamente em dois grupos, os participantes do estudo, em um dos grupos começaram imediatamente a praticar a escalada e a outra parte dos voluntários esperou para praticar o esporte. Durante o período de oito semana, cada participante do primeiro time escalou três horas por semana.

Foi nessa primeira turma, que os pesquisadores perceberam que quem subiu em pedras e paredões apresentou melhoras nos índices de depressão, passando de um quadro severo para moderado ou até leve, em alguns casos.

“Os pacientes gostaram das sessões de escalada e nos disseram que se beneficiaram muito. Ruminar pensamentos é um dos maiores problemas entre os depressivos, então achamos que escalar poderia ser uma boa intervenção”, revelou Katharina Luttenberger, uma das autoras do estudo.

Também foram realizadas outras atividades entre os participantes que promoviam interações sociais, a meditação e  a técnica mindfulness. Porém, foi o esporte radical que teve um papel fundamental no tratamento.

“Você precisa estar consciente e focado no momento. A modalidade não abre espaço para pensar em coisas que estão acontecendo na sua vida, você tem que se concentrar em não cair”, explica a líder da investigação, Eva-Maria Stelzer. Ela também destaca que a atividade pode ser feita por pessoas com vários níveis de condicionamento físico.

Escalada

Na origem, a escalada aparece como uma atividade derivada do montanhismo e utilizada como treino para corridas de alpinismo. A escalada como pratica desportiva aparece no século XIX em Dresden na Alemanha de Leste, e no (“Lake District”) na Inglaterra

Durante um século o material evolui ao ritmo da capacidade do escalador e vice-versa e a cada época corresponde uma classificação do nível de dificuldade.

Existem várias escalas de graduação sendo as mais conhecidas as escalas de Fontainebleau e de Hueco Tanks. Na primeira a classificação progrediu da seguinte maneira: 1913, nível 5 ; 1917, nível 6 ; 1970, nível 7 ; 1983, nível 8 ; 1991, nível 9.

O aparecimento dos muros de escalada a partir de 1960 um real impulso ao conhecimento desta prática como à sua evolução desta disciplina.
No Brasil utiliza-se um tipo de graduação mista, numa combinação entre números,letras e algarismos romanos, que acompanha sensivelmente a escala francesa (Fontainebleau). Exemplos: 6 ( grau geral da via), VIIc (grau do lance mais difícil), A2 (grau do lance em artificial, se existente), E3 (grau da exposição da via), D3 (duração estimada da via) e 500 metros (tamanho da via).

Fonte Boa Forma Abril