Soldado faz denúncia de tortura e homofobia em batalhão de SP

Adriel Rodrigues Alves Costa, de 35 anos, é Soldado da Polícia Militar. O homem afirmou ser vítima de assédio moral, preconceito e tortura psicológica e física dentro do 39º Batalhão da Polícia Militar, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

Segundo o portal do G1, em um vídeo, o Soldado diz que está com medo e teme pela sua vida, depois que as denuncias foram ignoradas pelo comando e à corregedoria:

“Se algo acontecer com a minha vida, com a minha integridade física, a responsabilidade é do comandante do batalhão, da Polícia Militar e do Estado, que nada fizeram para apurar as minhas denúncias. Fui torturado dentro desse batalhão. Torturas físicas e psicológicas”.

“Eu escolhi vir para São Vicente. Apesar de sempre trabalhar em São Paulo, eu preferi vir para cá, pois é onde eu vivo, onde meus pais estão. Então eu pedi a transferência. Hoje eu me arrependo disso”, disse o PM.

“Fui mal recepcionado pelo comandante de batalhão. Ele me disse que eu era um peso morto, que não servia para a unidade, porque já vinha com restrições de ordem médica”.

Tortura sofrida pelo Soldado

“Tinham as pressões físicas e psicológicas. Eu fui proibido de usar computadores, para evitar qualquer registro de documento, e de entrar em determinadas salas. Fui, inclusive, acusado e respondi a um processo do comando que me acusou de simular doença”, informou.

Segundo as informações do G1, o Soldado contou ser vítima de preconceito e perseguição em razão da orientação sexual: “Eu escutei de um cabo que eu tinha que ‘virar homem’. Ele me disse: ‘Você não é homem. Você não está agindo como um homem’. Decididamente, um inferno começou na minha vida quando vim para a Baixada [Santista]”.

“Eu temo, a qualquer momento, que possam dizer que eu cometi um crime ou fiz algo errado. É um sistema no qual o poder está concentrado na pessoa que eu acuso. Se juntarem dois ou três e eles falarem que eu fiz algo, é a palavra deles contra minha. Por isso, a gravação do vídeo, foi meu último recurso”, revela Costa.

 

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Fonte G1